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Por Gilberto (GIBA) Yoshida Quando crianças, sempre tivemos os cuidados de nossos pais para nos proteger contra a desidratação. Depois de adultos, já não ouvimos tantos conselhos, mas a desidratação no adulto, apesar de ocorrer mais raramente, pode nos atingir se ultrapassarmos os limites de nosso organismo. A desidratação ocorre pela perda de líquido (água) do organismo e com isso, também alguns sais minerais importantes para o equilíbrio hidro-eletrolítico das funções do corpo humano. Pode se desidratar através de quadros intensos de vômitos e diarréias (atenção ao que vamos comer nas viagens!). Quando aumentamos o ritmo respiratório, existe uma eliminação de água. Isto, por si só, dificilmente causará desidratação, mas pode piorar ou acelerar outras situações. Por exemplo, num quadro febril, a freqüência respiratória aumenta, elevando a perda de água. Outra situação que aumenta a freqüência da respiração é a ansiedade (do primeiro mergulho ou da vontade de cair na água de Angra!). O ar do cilindro também seca rapidamente as mucosas respiratórias (boca, nariz, faringe, laringe, traquéia). E, por fim, o suor é o mecanismo de perda de água e eletrólitos (sais minerais) mais importante. O calor provoca um reflexo automático no corpo humano para que este permaneça sempre a uma temperatura constante. Este reflexo faz com que aumente a circulação periférica do sangue (fique mais próxima à superfície da pele), aumente a produção de suor pelas glândulas sudoríparas, aumente a freqüência respiratória e a freqüência cardíaca e estimula o núcleo da sede no cérebro. Estes reflexos involuntários fazem com que sintamos sede, nos faz procurar sombra, aumenta a troca de temperatura da pele que resfriando, diminui a temperatura do sangue e do corpo e a sensação de calor melhora. Se voluntariamente, ficamos demasiadamente expostos ao calor, não respeitamos os limites e os sinais do corpo, exageramos na bebida alcoólica (sim, o álcool piora a desidratação!) o organismo pode sofrer um colapso. Em casos graves, os reflexos anteriores pioram, chegando a interromper a função renal (insuficiência renal aguda), o coração não consegue manter o bombeamento de sangue (choque cardiogênico), o núcleo cerebral da sede perde seu controle, a temperatura corporal se eleva e leva à perda de consciência. Ocasionalmente, pode ser fatal. Adoramos quando o sol ajuda nos mergulhos e somos recebidos com calor, principalmente, quando atravessamos uma termoclina! Mas, após cada mergulho é necessário fazer uma reposição de água, relaxar entre uma descida e outra, para “recuperar o fôlego”, ou seja, fazer o organismo voltar a ter freqüência cardíaca e respiratória normais, baixar a ansiedade do mergulho e beber água de novo. Muitas vezes, no prazer de mergulhar, ou de ficar “lagarteando” ao sol, esquecemos outros prazeres tão saudáveis como ficar na “sombra e água fresca” e servir água aos nossos companheiros Pode-se tomar suco, refrigerante, isotônicos, mas o melhor ainda é a água fresquinha! Então, pessoal do Planeta Oceano, uma garrafinha de água é sempre uma boa pedida! Muitas Águas Claras!! Até a próxima.
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